21 junho 2006

Espanha faz crescer exportações portuguesas

De acordo com notícia divulgada no "Jornal Expresso- Caderno de Economia", edição de 17 de Junho de 2006, os mercados de Espanha, Estados Unidos, Angola e China(mais Singapura) estão a fazer crescer 10,3% as exportações portuguesas. Estas atingiram €2,2 mil milhões e estão a crescer a uma taxa de quase 25% nos quatro primeiros meses do ano, puxadas sobretudo pela venda de tecnologia intermédia e por produtos petrolíferos refinados - ao passo que as exportações de vestuário e calçado continuam em queda. O excelente comportamento das exportações portuguesas nos primeiros seis meses de 2006 deve-se essencialmente ao comércio extra-comunitário, que cresceu 27,5% entre Janeiro e Março contra apenas 6,5% do intracomunitário. Segundo dados do ICEP, Portugal exportou mais €450,8 milhões nos quatro primeiros meses do ano para fora da União em relação ao mesmo período do ano anterior. No total, as exportações extracomunitárias cifraram-se em €2,2 mil milhões no peírodo Janeiro-Abril. No primeiro trimestre do ano, as exportações portuguesas totais cresceram 10,3%, atingindo €8,2 mil milhões, mais €774,4 milhões que em igual período do ano anterior. Por mercados, Espanha é o nosso maior cliente, com o dobro das compras de França, que vem em segundo. Seguem-se Alemanha, Reino Unido, EUA, Itália, Holanda, Bélgica, Angola e Singapura. As vendas para Espanha estão a crescer a uma taxa de 12,8%, enquanto para os outros 23 países da UE só aumentaram 3%.
Exportação portuguesa é mais «high-tech»
http://www.planotecnologico.pt/index.php?page=4
http://www.portugalvirtual.pt/0/305031dat1.html

14 junho 2006

Portugal ganha centro logístico em Madrid

Até 2010, todas as mercadorias destinadas a Espanha que cheguem a Portugal, serão conduzidas para um novo centro logístico dedicado a construir em Móstoles, uma localidade nos arredores da capital espanhola. Este Hub será o primeiro resultado da parceria estabelecida entre a Administração do Porto de Lisboa (APL) e a Madrid Plataforma Logística (MPL), seguindo-se o Porto de Leixões e de Sines.
Com esta parceria, inicia-se a aproximação do Porto de Lisboa às estruturas logísticas instaladas em torno de Madrid, que através da MPL se pretendem tornar na maior "plataforma logística intermodal" do Sul da Europa, com 450 hectares de dimensão e uma vocação comercial com a América Latina e o Norte de África.
Falta no entanto criar algumas infra-estruturas relativas ao transporte transibérico, nomeadamente a electrificação de alguns troços e a construção da ligação ferroviária Évora-Badajoz, prevista desde 1998, para que o fluxo comercial entre as duas capitais seja optimizado.
De acordo com a MPL, a actividade comercial de Madrid, numa área de influência de 6 milhões de habitantes, representa 17% da economia espanhola, movendo 300 milhões de toneladas de mercadorias por ano. Em 2005, a actividade económica local cresceu 4%, assegurando um PIB per capita que é 30% superior à média europeia e a criação de 150 mil postos de trabalho. Nos próximos anos, a riqueza da região crescerá sempre acima dos 3%.
Plano Estratégico Portugal Logístico

12 junho 2006

Bancos Espanhóis mais eficientes da Europa

Segundo notícia divulgada no "Semanário Económico", edição de 9 de Junho de 2006, os bancos portugueses são ineficientes quando comparados com os seus concorrentes espanhóis, quando se analisa o rácio de custos sobre os proveitos, (cost-to-income). Os melhores cost-to-incomes indicam que os bancos espanhóis como o Popular, o BBVA, o Banesto, o Bankinter, o Sabadell, o La Caixa e o Santander têm uma ampla margem de manobra para baixar a receita numa estratégia de conquista de clientes, enquanto que bancos menos eficientes como os portugueses não podem investir mais no crescimento ( a falta de dimensão é crucial).
Com este cenário, os bancos portugueses têm dois tipos de problemas: por um lado não vão ter capacidade para competir com os bancos espanhóis em Portugal e por outro são alvos apetecíveis para tentativas de aquisição. Com o aumento da concorrência, os bancos portugueses não podem deixar de investir na tentativa de conquistar quota de mercado. Na lista de bancos portugueses, só o Totta (que pertence ao Santander) tem um cost-to-income abaixo de 50%. De resto, o BES tem um rácio de custos sobre receitas de 56%; o BPI de 56,3% e o BCP de 59,9%. A CGD é o pior dos grandes bancos nacionais com 63,2%. Os bancos menos eficientes da Europa são os holandeses, os alemães, os franceses e os gregos.
Os bancos portugueses deveriam aumentar a sua dimensão para diminuir os custos unitários, e obter um melhor rácio de custos sobre proveitos, conseguindo assim aumentar o número de clientes e fazer face à competitividade dos bancos espanhóis.
Asociación Española de Banca (AEB) http://www.aebanca.es/