
Segundo notícia divulgada no "Semanário Económico", edição de 9 de Junho de 2006, os bancos portugueses são ineficientes quando comparados com os seus concorrentes espanhóis, quando se analisa o rácio de custos sobre os proveitos, (cost-to-income). Os melhores
cost-to-incomes indicam que os bancos espanhóis como o
Popular, o
BBVA, o
Banesto, o
Bankinter, o
Sabadell, o
La Caixa e o
Santander têm uma ampla margem de manobra para baixar a receita numa estratégia de conquista de clientes, enquanto que bancos menos eficientes como os portugueses não podem investir mais no crescimento ( a falta de dimensão é crucial).
Com este cenário, os bancos portugueses têm dois tipos de problemas: por um lado não vão ter capacidade para competir com os bancos espanhóis em Portugal e por outro são alvos apetecíveis para tentativas de aquisição. Com o aumento da concorrência, os bancos portugueses não podem deixar de investir na tentativa de conquistar quota de mercado. Na lista de bancos portugueses, só o
Totta (que pertence ao Santander) tem um
cost-to-income abaixo de 50%. De resto, o
BES tem um rácio de custos sobre receitas de 56%; o
BPI de 56,3% e o
BCP de 59,9%. A
CGD é o pior dos grandes bancos nacionais com 63,2%. Os bancos menos eficientes da Europa são os holandeses, os alemães, os franceses e os gregos.
Os bancos portugueses deveriam aumentar a sua dimensão para diminuir os custos unitários, e obter um melhor rácio de custos sobre proveitos, conseguindo assim aumentar o número de clientes e fazer face à competitividade dos bancos espanhóis.
Asociación Española de Banca (AEB)
http://www.aebanca.es/