29 novembro 2006

Portugal e Espanha assinam acordo para troca de informação fiscal

A Administração Fiscal portuguesa e a sua congénere espanhola, Agencia Tributaria, celebraram um acordo relativo a um instrumento transfronteiriço de troca directa de informação fiscal, com o objectivo de intensificar a assistência administrativa entre os dois países. A parceria vai realizar-se através de uma maior cooperação entre os serviços fiscais da zona transfronteiriça luso-espanhola e através de troca de informação.
O acordo abrange a troca de informação em matéria do IVA e Impostos sobre o Rendimento e aplica-se aos serviços regionais de ambos os países localizados naquela zona transfronteiriça. No caso português, os serviços abrangidos são as Direcções de Finanças de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja e Faro, enquanto do lado espanhol ficam abarcados por este acordo os Serviços da Delegação Especial da AEAT na Galiza, Castela e Leão, Estremadura e Andaluzia.
Os ‘alvos’ são sobretudo empresas que deslocalizam a sua actividade para qualquer um dos territórios transfronteiriços, com prejuízo para o respectivo país de residência, empresas que operam em sectores de actividade considerados de risco, como transportadoras, estabelecimentos de diversão, empresas de construção e de comércio de materiais de construção e empresas que estão envolvidas em redes de fraude ao IVA.
O acordo vai traduzir-se numa maior agilização e celeridade dessa troca, permitindo desta forma uma intervenção mais rápida e atempada dos serviços de ambas as administrações que actuam nas zonas transfronteiriças, designadamente no que respeita à detecção e actuação relativamente a situações de fraude e evasão fiscais.
Este acordo, segundo as Finanças, insere-se no conjunto de medidas que, desde 2005, têm vindo a ser adoptadas para combater a evasão ao IVA motivada pelo diferencial de taxas existentes entre os dois países.
Esta medida é bastante positiva pois favorece a transparência fiscal das empresas que actuam nos dois países, tentando assim evitar prejuízo para o país de onde as empresas deslocalizaram, combatendo desta forma a fraude e evasão fiscal.

17 novembro 2006

"Euromunicípios" fortalecem laços entre Portugal e Espanha

No decorrer de mais um Encontro Ibérico "Ágora 2006", que já vai na sétima edição, tendo este ano decorrido em Cáceres, falou-se na criação de euromunicípios ou eurocidades com regiões portuguesas e espanholas. Esta iniciativa tem como objectivo promover o desenvolvimento da zona transfronteiriça entre os dois países. Neste mesmo encontro, o Presidente da Junta da Extremadura espanhola referiu que as populações fronteiriças dos dois países devem aproveitar cada vez mais sinergias quer para fomentar laços bilaterais quer para conseguir desenvolver juntos projectos que consigam apoio financeiro de Bruxelas.
No Fórum Ibérico "Ágora 2006", estiveram aínda presentes destacadas personalidades políticas, culturais e sociais dos dois países, as quais se reuniram para uma melhor compreensão da realidade dos mesmos e assim poder contribuir para o fortalecimento dos laços bilaterais, apostando numa maior cooperação transfronteiriça.

A União Europeia conta actualmente com mais de uma centena de eurocidades.
Este não é um conceito novo, tendo sido criadas em 1986 na cidade de Roterdão as então designadas "Eurocidades", definidas como a maior rede de representação das grandes metrópoles da Europa. Actualmente são mais de 100 as eurocidades que representam 31 países do velho continente, entre elas San Sebastián e Barcelona- a cidade catalã é uma das seis cidades co-fundadoras, juntamente com Lyon, Birmingham, Frankfurt, Milão e Roterdão.
Os objectivos que estão na base deste conceito são, o intercâmbio de experiências, a criação de um grupo de pressão sobre as instituições europeias para que se reconheça a sua importância urbana nas políticas europeias, bem como estreitar os vínculos entre os cidadãos que fazem parte das mesmas.

Se tivermos em consideração as recentes sondagens que demonstram a receptividade dos portugueses e dos espanhóis para a criação de um só Estado que represente Portugal e Espanha, neste caso estamos a falar de fusões em menor escala. As quais podem contemplar por exemplo numa primeira fase Badajoz e Elvas, tendo-se verificado no passado opiniões a favor desta união. A criação de euromunícipios entre cidades e localidades transfronteiriças pode de facto ser vantajosa para ambos os países, em termos de estratégias de desenvolvimento e na obtenção de apoios por parte de Bruxelas.

Ver artigo abaixo "Sétima Edição do Fórum Ibérico Ágora 2006"
http://mercadoespanhol.blogspot.com/2006/11/stima-edio-do-frum-ibrico-gora-2006-23.html
http://blogs.hoy.es/index.php/espanha/2006/10/23/cooperacao_entre_a_extremadura_e_portuga http://www.elperiodicoextremadura.com/noticias/noticia.asp?pkid=266480
http://www.esaelvas.pt/europedirect/ (Portugal e Espanha- 20 anos de integração na Europa)
http://www.reine.org.es/noticias.php
http://www.eixoatlantico.com/
http://www.jornalaberto.com/template_permalink.asp?id=383

Fonte: Agência LUSA (23 OPutubro de 2006).

16 novembro 2006

Nova Câmara de Comérico Portugal-Espanha no Porto

Embaixada de Espanha em Portugal


Portugal e Espanha constituíram uma nova Câmara de Comércio (CCPE), com sede no Porto, para promover a cooperação de carácter económico, financeiro, científico e cultural entre os dois países.
Segundo a directora da empresa responsável pela constituição da CCPE, a Spanish Ready Mades (empresa especializada na constituição de sociedades espanholas), a nova sociedade pretende facilitar as relações entre industriais e empresários portugueses e espanhóis, favorecendo o desenvolvimento dos seus negócios e as transferências de tecnologia.
Para além disso, a Câmara de Comércio Portugal-Espanha ficará vocacionada para prestar serviços, informações e assistência aos agentes económicos e culturais no contexto das relações entre Portugal e Espanha.
Referindo aínda que o objectivo por detrás da constituição da CCPE é criar um 'interface' não só a nível económico, mas também a todo um conjunto de outros níveis, que apoie a expansão de ambos os mercados no caminho da solidez económica e de uma verdadeira realidade ibérica.
Por outro lado, a nova câmara de comércio - segunda no país - pretende também manter contactos com as autoridades públicas e privadas, entidades e associações económicas dos dois países para tudo o que possa interessar ao intercâmbio luso- espanhol.
Entre outras actividades, a Câmara organizará conferências, reuniões, congressos, feiras e exposições e editará publicações periódicas contendo dados de interesse sobre os dois mercados, procurando e oferecendo mercadorias e representações formuladas por operadores dos dois países.
No âmbito do trabalho desenvolvido na criação da CCPE em termos de cooperação entre os dois países, decorreu uma Feira Internacional de Negócios, no dia 21 de Outubro de 2006 no Centro de Congressos e Exposições Alfândega do Porto.
Na feira, organizada pela Comissão Europeia, em conjunto com a Confederação Europeia das PME e pela Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas, estarão representados mais de 30 países.

Ver artigo abaixo sobre o Instituto Ibérico de Braga
http://www.i-gov.org/index.php?article=986&visual=2&id=52&subject=77
http://www.pme.online.pt/noticias/?tipo=1&p=7
http://www.mityc.es/es-ES/index.htm

Fonte: Agência Lusa (20/10/2006).

06 novembro 2006

Eventos - Portugal e Espanha 20 anos após Adesão, 16-17 Nov

As experiências de Portugal e Espanha nos 20 anos após a adesão à Comunidade Europeia em 1986 vai estar em análise nesta XXIV Conferência organizada pelo Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais:

Data: 16-17 Nov
Lugar: Fundação Gulbenkian
Inscrições: mid@ieei.pt até 10-Nov

A abertura conta com a presencia do Ministro de Negócios Estrangeiros Luis Amado, e as sessões vão abordar o contributo de Espanha e Portugal para a integração europeia e a posição no mundo, a transição democrática e a integração ibérica, especialmente a nível de transportes.
Seria importante também analisar a integração e evolução das duas economias ibéricas neste período e as tendências do comércio bilateral Portugal-Espanha.

Ver "Nuestros Proveedores vs. Nuestros Clientes", Mariana Abrantes de Sousa, Economia Pura, Dez-2005