12 outubro 2007

Portugal duplica participação na Iberwine 2007, em Novembro em Madrid

Portugal assumirá particular protagonismo na feira de vinho de Madrid Iberwine 2007, em Novembro, um dos mais importantes certames do tipo, quase duplicando o espaço de exposição e de presenças. De 13 a 15 de Novembro de 2007, o "Parque Ferial Juan Carlos I" de Madrid (IFEMA) será sede da IBERWINE, a maior feira de vinhos do mundo ibérico, bem como um grande centro de negócios, no qual as transacções terão um elevado protagonismo.
O salão internacional do vinho (Madrid International Wine Fair) converteu-se num encontro imprescindível do calendário viticultor mundial. Um comité organizador de acentuado carácter internacional garante a presença dos melhores compradores do mundo. Os vinhos de toda a península Ibérica têm a oportunidade de divulgar (a nível mundial) a enorme riqueza que escondem a um elenco de compradores internacionais e também peninsulares.
A presença portuguesa deverá ocupar 345 metros quadrados no certame, quer a nível colectivo, quer a nível individual, encontrando-se nesse espaço, produtores, câmaras de comércio e denominações de origem. Os vinhos procedentes de países ibero-americanos, irão ser outra presença com destaque neste evento.
Os organizadores insistem no papel da Iberwine na promoção de vinhos ibéricos nos mercados internacionais, notando, por exemplo, o recente acordo entre este certame e a Miami Internacional Wine Fair.
Os vinhos portugueses são já conhecidos pela sua qualidade. Recentemente, o "The New York Times" elegeu um vinho português como a melhor escolha em vinhos abaixo dos 10 dólares, cerca de sete euros. O "Padre Pedro", da Casa Cadaval é produzido no Ribatejo e conquistou os jornalistas do prestigiado jornal norte-americano. Para além disso, quatro vinhos portugueses fazem parte da lista dos 100 melhores vinhos do ano da influente revista norte-americana "Wine & Spirits". Entre os quatro destacados estão três vinhos do Porto. O melhor vinho português foi o da Quinta do Crasto Douro Reserva 2004, em segundo lugar, os vinhos Taylor Fladgate Porto Vargellas 2004 e o Taylor Fladgate Porto Vargellas Vinha Velha 2004. Em quarto lugar surge o Quinta do Feital Vinho Verde Dourado Alvarinho 2005.
Mais do que uma aposta na divulgação da qualidade dos vinhos portugueses no exterior, a presença neste evento deverá servir igualmente para reforçar as relações comerciais com os países importadores de vinho e desta forma aumentar as exportações do mesmo e reforçar a imagem de Portugal como país de origem.
http://www.fairstv.com/feria_ficha/Iberwine+2007/ief460/?lang=POR

Fonte: Agência LUSA, 18 de Setembro de 2007.

Espanhóis só associam cinco marcas a Portugal

Segundo um estudo elaborado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola, as marcas que os espanhóis associam a Portugal são a Caixa Geral de Depósitos, a Galp, Banco Espírito Santo (BES), Delta e Luís Simões.
Os espanhóis têm uma forte apetência para comprarem marcas nacionais em detrimento das estrangeiras, mas no caso das portuguesas identificam a CGD, BES, Galp, Delta e Luís Simões com o país de origem, destaca o mais recente estudo elaborado por esta Câmara de Comércio.
O trabalho, que identificou 400 empresas lusas em território espanhol, permitiu reunir entre 2004 a 2006 os dados detalhados de 180 destas empresas.
Segundo o estudo, só entre as cinco maiores empresas portuguesas em Espanha representam aproximadamente três quartos (72 por cento) do volume de facturação do conjunto das 180 empresas cujos indicadores foi possível recolher.
Assim, ao nível da facturação, estas cinco empresas facturaram 7,9 mil milhões de euros em 2006. O "ranking" das cinco maiores empresas portuguesas em Espanha é liderado pela Galp Energia, com um volume de negócios de 2,5 mil milhões de euros.
Seguem-se a Hidrocantábrica Del Cantábrico, do grupo EDP com 2,1 mil milhões de euros e da Tafisa, do grupo Sonae com 1,7 mil milhões de euros de facturação.
Na quarta posição aparece a Cimpor Inversiones - grupo Cimpor, com uma facturação de 1,13 mil milhões de euros, seguida pela Sovena Ibérica de Aceites (grupo Nutrinveste), com um volume de negócios da ordem dos 476 milhões de euros no ano passado.
Cada português compra a Espanha anualmente cerca de 1.500 euros e vende 873 euros, sendo que Portugal representa para Espanha o seu quarto mercado receptor de produtos e bens e o seu oitavo fornecedor.
Os bens mais transaccionados entre estes países, quer de um lado quer de outro, são produtos da indústria auxiliar mecânica e da construção e os bens de tecnologia industrial, salienta o estudo. A confecção e a moda estão entre o terceiro e o quarto lugar entre os produtos mais transaccionados entre os dois países, a que não é alheia a existência dos grupos espanhóis Inditex e El Corte Inglês. Na área financeira os bancos portugueses têm uma quota de mercado de 0,5 por cento, enquanto os espanhóis têm uma posição no mercado português da ordem dos 15 por cento.
De facto, estas cinco marcas identificadas pelos consumidores espanhóis, como sendo representativas da imagem do país de origem Portugal, são algumas das marcas portuguesas mais fortemente internacionalizadas e cujo esforço que efecturam na sua promoção no exterior, tem sido reconhecido pelo sucesso alcançado nas respectivas áreas de actividade. Seria desejável no entanto que em vez de cinco marcas, o número fosse bastante superior bem como o número de empresas portuguesas presentes em Espanha e que os incentivos à exportação e promoção das empresas no exterior fossem maiores. Pois assim, o número de exportações aumentaria, a imagem de Portugal no exterior seria optimizada e os empresários poderiam adquirir mais confiança.
http://www.icep.pt/CmsAPI/AICEP/index.html
Fonte: "Agência LUSA", 11 de Outubro de 2007.