15 agosto 2006

Portugal the Florida of Europe

Espera-se que cerca de 2.000.000 europeus reformados (do norte) venham a instalar-se nos países do sul da Europa, segundo Gilberto Jordan um promotor imobiliário português que pertence ao Resort Development committee of the Urban Land Institute, muitos deles em Espanha e Portugal. Diz-se que a costa espanhola está a ficar como Miami devido ao boom imobiliário e alguns "pueblos" já têm mais residentes estrangeiros que espanhois.

A feira de imobiliário SIMA06 em Madrid foi o palco de centenas de compra-vendas, muitas delas com compradores estrangeiros.

Os reformados mais abastados escolhem centros maiores que lhe proporcionam uma terceira idade activa, com sol, praia, marinas, golfe, caminhadas, cultura e convivio social com outros "nortenhos". Outros preferem a vida mais pacata em vilas e até aldeias, reconstroiem casas em ruinas e convivem mais com a população local.

A Espanha apresenta-se como a "Florida da Europa", mas Portugal tem um potencial para o turismo menos massificado.

O Sr Alfred Hoffman, o actual Embaixador dos Estados Unidos em Lisboa pretende ajudar a partilhar as experiências paralelas de Portugal e Florida organizando uma missão à Florida "the Sunshine State" de uma delegação composta por executivos e académicos portugueses, e incluindo o Embaixador de Portugal em Washington Dr Pedro Catarino.
A economia da Florida depende bastante do turismo (60 milhões de visitantes por ano para 17 milhões de residentes) e dos residentes sénior provenientes de outros estados americanos e do Canada, conhecidos como "snowbirds". Em comparação, a Espanha recebe 60 milhões de visitantes para 42 milhões de população, e Portugal recebe cerca de 15 milhões para 10 milhões de visitantes. Temos provavelmente muito que fazer para igualar a promoção turistica da Florida.
A Florida os grandes parques temáticos como o Disney World e o Sea World, boas universidades, injustamente conhecidas como "Surfer U", os laranjais e o Kennedy Space Center no Cape Canaveral para quiser explorar outra órbita. Até oferecem bolsas de estudo a surfistas ! Valia a pena investigar pois a água deve ser bem mais quente que a do Guincho.
Em Lisboa já temos o Oceanário que é um dos locais mais visitados de Portugal, que recebeu a visita de Bill Gates e o filho Rory de 6 anos em Julho.
Eis uma ponto a favor de Portugal:
Até os multi-multi-milionários podem comungar, incógnitos, com os peixinhos !

08 agosto 2006

10 mil alunos optam pela disciplina de Espanhol

De acordo com notícia divulgada pela Agência Lusa em 13 de Julho de 2006, o número de alunos que optam pela língua espanhola nas escolas portuguesas duplicou nos últimos dois anos lectivos, atingindo já mais de 10 mil, de acordo com dados de um conselheiro da embaixada de Espanha.
Segundo o conselheiro da embaixada, a opção pelo castelhano resulta de um novo espírito de abertura da nova geração. Referindo aínda que, o ensino do castelhano nas escolas básicas e secundárias, que começou em 1991, com 30 alunos e três professores, já conta com 10.230 alunos e 204 professores.
As preocupações laborais são uma das principais explicações sobre a opção pelo Espanhol.
Segundo o conselheiro, o clima político entre os dois países também ajuda à existência de condições favoráveis à aprendizagem mútua das duas línguas.
Para além disso, o conselheiro garante aínda que o interesse pelo Português é crescente entre os jovens espanhóis e que nas escolas superiores de línguas do país vizinho já não há vagas para a disciplina de Português. O mesmo adiantou que , só em Badajoz há 9.000 alunos de Português, no ensino oficial e não oficial, acrescentando que o fenómeno se estende por todo o território do seu país. O interesse pelas línguas "do vizinho" é maior nas zonas de fronteira, sobretudo entre o Minho e a Galiza, assim como nas regiões entre o Algarve e a Andaluzia.

Este fenómeno revela-se bastante importante numa altura em que o mercado ibérico se começa a desenvolver, podendo ser um enorme trunfo para as gerações futuras que irão desenvolver a sua actividade profissional neste mercado, bem como para todos os agentes económicos que dele fazem parte e para a divulgação do ensino de ambas as línguas além fronteiras.


07 agosto 2006

Marcas espanholas apostam em embaixadores

O Fórum de Marcas, Marketing e Brand Building, que decorreu nos dias 20 e 21 de Junho organizado pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), teve como foco principal a importância das marcas e a diferença entre o marketing e a gestão de marcas portuguesas e espanholas. Concluiu-se que as marcas são o principal activo das empresas, por isso é preciso protegê-las e difundi-las. A opinião dos especialistas é que Espanha faz melhor trabalho do que Portugal.
O CEO da consultora de marcas MyBrand, disse que em Portugal e em Espanha as sociedades civis organizaram-se de formas completamente diferentes e explicou que formas são essas: "enquanto em Espanha se criou o conceito de marcas renombradas, com uma associação que as defende, e se nomearam embaixadores das marcas; em Portugal, fomos pedir ao Estado que nos organizasse e que pusesse um carimbo nas nossas marcas para as certificar, o que não constrói significado algum".
O conceito de marcas renombradas em Espanha, aparece por oposição ao conceito Marca Portugal, da responsabilidade do Instituto das Empresas para os Mercados Externos (ICEP), com o qual este organismo certifica as marcas que considera dignas de distinção.
Nestas incluem-se por exemplo, a marca de vestuário infantil, Petit Patapon, a marca de calçado, Fly London e a marca de peças em vidro da Marinha Grande, MGlass. Quanto ao caso espanhol, as marcas renombradas, isto é, marcas de renome estão organizadas numa Associação, a Asociación de Marcas Renombradas Españolas (AMRE). Para difundir estas marcas, principalmente nos mercados externos, a AMRE recruta as instituições estatais envolvidas nesta matéria, as próprias empresas que fazem parte da associação e personalidades da sociedade civil. Para que uma empresa possa fazer parte da AMRE, tem, entre outros requisitos, que ser líder no seu sector e que ter uma ampla presença em mercados externos.

Marcas portuguesas certificadas pelo ICEP
- Água do Luso
- Atlantis
- Compal
- Delta
- Fly London
- Galp
- Logoplaste
- MGlass
- Petit Patapon
- Tap
- Via Verde
- Lanidor

Marcas espanholas renombradas
- Adolfo Dominguez
- BBVA
- Campofrio Alimentación
- El Corte Inglés
- F.C. Barcelona
- Grupo Cortefiel
- Grupo Santander
- Hola
- Iberdrola
- Iberia
- Telefonica

http://www.mybrand.pt/noticias/artigos/MyBrand_Forum%20_AIP.pdf
http://www.microsoft.com/spain/empresas/marketing/marca_españa.mspx

Esta informação teve como fonte o Jornal "Semanário Económico", edição de dia 23 de Junho de 2006.

Marcas ibéricas mais valiosas
http://mercadoespanhol.blogspot.com/2006/07/icep-e-marca-portugal.html

26 julho 2006

Espanha versus Portugal

Como já sabemos Espanha é o nosso principal parceiro comercial, mas a balança está muito desiquilibrada para o lado espanhol. No ano passado importámos 15,1 mil milhões de euros do país vizinho e exportámos 8,3 milhões mil milhões, o que significa que a taxa de cobertura das nossas exportações foi de 55%. Em termos de exportações crescemos 35,7% e atingimos a sétima posição no ranking dos maiores fornecedores do país vizinho, à frente dos EUA.
A economia espanhola tem sido das mais pujantes da União Europeia nos últimos anos e cresceu em 2005 3,4%. Em termos de PIB per capita as regiões de Espanha apresentam uma disparidade que vai desde 0s 24.584 euros na Comunidade de Madrid até 12.173 na Estremadura. As regiões que fazem fronteira com Portugal encontram-se entre as mais pobres de Espanha, Estremadura, Andaluzia e Galiza. O rendimento disponível bruto das famílias espanholas, é de um modo geral, muito superior ao da generalidade das famílias portuguesas. Apenas Lisboa está ao nível das regiões do Norte de Espanha, incluindo Madrid.
Já no que se refere ao investimento directo espanhol em Portugal, este diminuiu, em termos brutos, de 909 milhões de euros, entre Janeiro e Março de 2005, para 620 milhões, ou seja menos 31,8%. Entretanto, o investimento português em Espanha caiu, em termos brutos, de 147 milhões de euros nos primeiros três meses de 2005 para 134 milhões em igual período deste ano, ou seja menos 9,1%. Em termos líquidos o deseinvestimento português em Espanha acelerou 42%, passando de -41,3% milhões de euros no primeiro trimestre de 2005 para -58,6% milhões nos primeiros três meses deste ano.
Em relação ao número de empresas espanholas presentes em Portugal sabe-se que são cerca de 3000, 287 das quais têm uma facturação anual superior a seis milhões de euros. Estes dados foram disponibilizados pela consultora espanhola DBK, a qual efectuou um estudo em Março último.
Em sentido inverso são mais de 300 as empresas portuguesas a trabalhar em Espanha. No entanto, a entrada de sociedades portuguesas no país vizinho sempre foi difícil. Os empresários têm-se queixado de dificuldades nas privatizações e outros concursos públicos e mesmo na oferta de produtos no mercado do país vizinho, o que levou o anterior Presidente da República, Jorge Sampaio, a lavrar o seu protesto contra essa situação durante uma deslocação a Espanha, em finais de 2003.
O turismo é um dos sectores mais importantes dos dois países. Em Portugal representa 8% do PIB e perto de 10% do emprego. Espanha tinha em 2003 1,451 milhões de camas hoteleiras contra as 246 mil de Portugal. A taxa de ocupação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal é de 39,2% e de 52,7% em Espanha. Os espanhóis são os segundos maiores fornecedores de turistas para Portugal, com 17,1% do total, enquanto que os portugueses em Espanha não representam mais de 3,6% do total de turistas.

Esta informação foi divulgada pelo "Semanário Económico", edição de 23 de Junho de 2006.

O desafio da Península Ibérica é cada vez maior, restando aos portugueses dentro da integração inevitável dos dois mercados, conseguirem ganhar uma identidade própria e conquistar cada vez mais quotas de mercado no país vizinho.

04 julho 2006

ICEP e a Marca Portugal

A imagem de Portugal faz parte integrante da imagem das marcas portuguesas.
Importa saber como é visto Portugal no estrangeiro e fazer com a imagem nacional traga valor acrescentado às marcas sectoriais e empresariais como a Children's Fashion from Portugal.

Com a presença do presidente do ICEP Marques da Cruz, a APPM Associação Portuguesa de Profissionais de Marketing discutiu o progama do ICEP para promover a Marca Portugal, em reunião 29-Junho.

Esta iniciativa é orientada para o aumento de vendas nas exportações de mercadorias e serviços e no turismo. Em 2005 houve diversas sessões de trabalho com especialistas de sectors como turismo, empresas, gastronomia, design & arquitectura, ciência, cultura, mas curiosamente, não com a consultoria.

O projecto inclui também um processo de certificação de marcas portuguesas de qualidade, ao qual podem aderir empresas e associações e aplica-se em todos os sectores incluindo informtática, turismo, moda e gastronomia, entre outras.
Sabores de Portugal criada pela ANJE


Portugal Fashion

As marcas mais valiosas portuguesas estão quase exclusivamente orientadas para o mercado doméstico português, sendo importante aumentar a sua notoriedade a nível internacional.


E como avaliar o próprio ICEP como marca portuguesa no mundo?

Oxalá que os potenciais clientes e investidores estrangeiros "lá fora" estejam menos baralhados do que nós "cá dentro".
Com as descontinuidades recentes, a integração de serviços partilhados com o IAPMEI e o Fundo de Turismo, a cisão e/ou fusão com a API, valha-nos felizmente o bom profissionalismo das delegações do ICEP em Bruxelas, Madrid, Luanda, Maputo (para mencionar as que conhecemos melhor). O ICEP é claramente uma marca com valor.

A instabilidade institucional desta importante organização comercial pode estar a criar alguma incerteza junto dos clientes, investidores e outras Partes Interessadas (stakeholders): exportadores portugueses, operadores do sector HORECA em Portugal (hoteis e restaurantes), de museus e outras atrações turisticas, e de investidores estrangeiros interessados em Portugal.

Voltando à marca Portugal, Espanha lançou uma campanha semelhante "España Marca" há quase uma década.

...enquanto uns baralham, ... outros dão cartas...

Contactos www.icep.pt/
e-mail ICEP

03 julho 2006

Espanha entre 10 países com maior número de ricos

Segundo notícia divulgada pela Agência Lusa dia 20 de Junho de 2006, Espanha entrou pela primeira vez no grupo dos 10 países com maior número de ricos, contando com mais de 148 mil pessoas com activos superiores a um milhão de euros. De acordo com o Relatório sobre a Riqueza do Mundo, publicado pela Merrill Lynch e pela Capgemini, o número de espanhóis com património elevado aumentou 5,7 por cento em 2005, o segundo maior crescimento da Zona Euro depois da Áustria.





Amancio Ortega, o dono da Zara, é considerado o homem mais rico
de Espanha, segundo a revista Forbes (foto: El Mundo)

Este exclusivo grupo de "nações de ricos" é encabeçado pelos Estados Unidos, com 2,67 multimilionários, a que se segue o Japão (1,41 milhões), a Alemanha (767 mil), Reino Unido (meio milhão), França (367 mil), China (320 mil), Canadá (232 mil), Itália (198 mil), Suíça (191 mil) e Espanha (148 mil).
A alimentar a criação de riqueza estiveram, segundo o relatório, os fortes ganhos na bolsa - pelo terceiro ano consecutivo - e o crescimento da economia mundial, onde o sector imobiliário foi um dos mais dinâmicos.
África foi a região do globo onde o número de ricos mais aumentou - 11,7 por cento -, seguindo-se o Médio Oriente (9,8 por cento), América Latina (9,7 por cento) e a Ásia e Pacífico (7,3 por cento).
Na América do Norte o crescimento foi de 6,9 por cento e na Europa de 4,5 por cento.
O relatório hoje divulgado prevê que a riqueza financeira controlada pelos mais ricos do planeta possa atingir os 44,6 mil milhões de dólares em 2010, com uma taxa de crescimento anual de cerca de seis por cento. A maior parte - 14,5 mil milhões de dólares - estará nas mãos de multimilionários da América do Norte.

Analisando a boa performance da economia espanhola nos últimos anos e o aumento do pib per capita, é fácil perceber o motivo pelo qual Espanha aparece entre o grupo dos 10 países mais ricos do mundo.
http://es.news.yahoo.com/videos/espana-paises-mas-ricos.html
http://www.elmundo.es/mundodinero/2006/06/20/economia/1150813601.html

21 junho 2006

Espanha faz crescer exportações portuguesas

De acordo com notícia divulgada no "Jornal Expresso- Caderno de Economia", edição de 17 de Junho de 2006, os mercados de Espanha, Estados Unidos, Angola e China(mais Singapura) estão a fazer crescer 10,3% as exportações portuguesas. Estas atingiram €2,2 mil milhões e estão a crescer a uma taxa de quase 25% nos quatro primeiros meses do ano, puxadas sobretudo pela venda de tecnologia intermédia e por produtos petrolíferos refinados - ao passo que as exportações de vestuário e calçado continuam em queda. O excelente comportamento das exportações portuguesas nos primeiros seis meses de 2006 deve-se essencialmente ao comércio extra-comunitário, que cresceu 27,5% entre Janeiro e Março contra apenas 6,5% do intracomunitário. Segundo dados do ICEP, Portugal exportou mais €450,8 milhões nos quatro primeiros meses do ano para fora da União em relação ao mesmo período do ano anterior. No total, as exportações extracomunitárias cifraram-se em €2,2 mil milhões no peírodo Janeiro-Abril. No primeiro trimestre do ano, as exportações portuguesas totais cresceram 10,3%, atingindo €8,2 mil milhões, mais €774,4 milhões que em igual período do ano anterior. Por mercados, Espanha é o nosso maior cliente, com o dobro das compras de França, que vem em segundo. Seguem-se Alemanha, Reino Unido, EUA, Itália, Holanda, Bélgica, Angola e Singapura. As vendas para Espanha estão a crescer a uma taxa de 12,8%, enquanto para os outros 23 países da UE só aumentaram 3%.
Exportação portuguesa é mais «high-tech»
http://www.planotecnologico.pt/index.php?page=4
http://www.portugalvirtual.pt/0/305031dat1.html